quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Docentes da rede estadual podem concorrer a prêmio do MEC

Clipping Educacional - Da Secretaria da Educação
Objetivo é divulgar experiências de sucesso na educação pública
Profissionais da rede estadual, dos níveis Fundamental e Médio, podem se inscrever para concorrer ao prêmio "Professores do Brasil", realizado pelo Ministério da Educação (MEC). A premiação busca divulgar experiências de sucesso na busca da qualidade da educação pública e reconhecer o trabalho dos professores em todo o País. Os vencedores vão receber entre R$ 2 mil e R$ 5 mil em equipamentos audiovisuais ou multimídia para a escola. Os interessados devem se inscrever até dia 30 de setembro no site da premiação (http://portal.mec.gov.br/premioprofessoresdobrasil/). Podem participar educadores que tenham desenvolvido ou que desenvolvam projetos de estímulo à permanência dos alunos na escola, de fortalecimento das atividades coletivas e de melhoria do desempenho das escolas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).Após a inscrição, o candidato terá que comprovar a experiência com fotos, vídeos ou ilustrações. O prêmio Professores do Brasil é realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). As fundações Bunge e SM e os institutos Pró-Livro e Votorantim são os patrocinadores.
fonte:http://www.saopaulo.sp.gov.br

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rotatividade de diretor afeta avaliação de escolas


ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio

O que explica que, na mesma rede, algumas escolas tenham resultados tão diferentes? Um estudo realizado a partir do Saresp 2008 (avaliação do ensino paulista) e da Prova Brasil 2007 (avaliação federal) mostra que, além de características dos alunos --que são responsáveis por mais de 70% do resultado final--, fazem diferença variáveis como diretor experiente, professores assíduos e estáveis e uso efetivo do livro didático.

Em escolas da rede estadual paulista com piores notas, por exemplo, apenas 17% dos diretores estavam no cargo havia mais de seis anos. Nas melhores, essa proporção chegava a 47%. A média da rede é de 31%. O trabalho mostra que 35% das escolas estaduais convivem com alto índice de faltas de professores. Nas piores, essa proporção chega a 38% e, nas melhores, fica em 28%.

O estudo é dos pesquisadores Naercio Menezes Filho, Diana Nuñez e Fernanda Ribeiro, e parte dele foi publicado no livro "Educação Básica no Brasil" (editora Campus), lançado em agosto. Foram comparadas características das 10% melhores e 10% piores escolas pelas médias do Saresp e identificadas variáveis que estavam associadas a um aumento significativo das notas dos alunos. Outra constatação foi que, nas melhores, quase todos os alunos tinham acesso a livros didáticos e, em outubro, mais de 80% de seu conteúdo havia sido dado.

Para especialistas, o desafio de manter diretores e professores por mais tempo é maior nas escolas de periferia, mais afetadas pela violência e menos atrativas aos profissionais.

"Professores e diretores tendem a procurar escolas mais próximas de sua residência, em áreas de classe média. Quando estão em bairros de maior vulnerabilidade, longe de casa, tentam logo mudar. Por isso a rotatividade é maior", diz o secretário de Educação do Estado, Paulo Renato Souza.

O presidente do sindicato dos diretores de SP, Luiz Gonzaga Pinto, diz que faltam ações para que as práticas das melhores escolas se disseminem e cobra mais políticas para tornar escolas de periferia mais atrativas. Maria Izabel Noronha, do sindicato dos professores, concorda: "Essas escolas já começam discriminadas pelo péssimo estado dos prédios, muitas vezes construídos às pressas para atender a demanda."

Os dois concordam também que apenas o pagamento de um adicional por local de exercício --que hoje agrega 20% ao salário de professores em regiões consideradas vulneráveis-- é pouco para manter os profissionais nessas escolas.

Souza diz que o Programa de Valorização pelo Mérito --encaminhado à Assembleia Legislativa-- agrega outros incentivos. Um deles é considerar, nas novas regras de promoção, o número de faltas e o tempo de permanência na escola.

domingo, 20 de setembro de 2009

Atribuição de aulas na rede estadual de ensino e sobre a admissão de docentes por prazo certo e determinado (Instrução Conjunta CEI/ Cenp/Cogesp/DHRU)

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS
Instrução Conjunta CEI/Cenp/Cogsp/DRHU, de 18-9-2009
Dispõe sobre a atribuição de aulas na rede estadual de ensino e sobre a admissão de docentes por prazo certo e determinado
Os Dirigentes da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, da Coordenadoria de Ensino do Interior, da Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo e do Departamento de Recursos Humanos, considerando a necessidade de se assegurar aos alunos o oferecimento das aulas na forma estabelecida em lei e de se garantir o prosseguimento dos estudos, observados os conteúdos, atividades e demais ações previstas na proposta pedagógica da escola, expedem a presente Instrução:
1 - a Lei Complementar nº 1.093 de 16, publicada em 17 de julho de 2009, que dispõe sobre a contratação de servidores temporários, impede que ocorra nova contratação da mesma pessoa, com o mesmo fundamento legal, antes de decorridos 200 (duzentos) dias do término do contrato.
2 - a mencionada lei complementar assegurou aos docentes temporários “categoria L”, que se encontravam admitidos em 17 de julho de 2009, a prorrogação da contratação até o final do ano de 2011, sem que haja interrupção do mínimo de 200 dias.
3 - Estabeleceu, ainda, a obrigatoriedade da aplicação de uma Prova de Conhecimentos, antecedendo o processo de atribuição de aulas, exigindo que o candidato obtenha a aprovação para poder ser contratado temporariamente.
4 - Cabe lembrar que regra idêntica havia sido fixada para os atuais docentes temporários, abrigados pela Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, categoria “F”, que passarão por uma Prova para concorrer à atribuição de aulas.
5 - Assim, para a atribuição de aulas no próximo ano letivo, a Secretaria da Educação organizará uma Prova de Conhecimentos, para todos os professores não efetivos, e nos próximos dias estará divulgando as regras, datas e os demais esclarecimentos necessários.
6 - no entanto, para o processo de contratação de professores no corrente ano letivo poderá ser utilizada a classificação vigente.
7 - Assim, a vedação à atuação continuada do contratado, sem que haja a interrupção do mínimo de 200 (duzentos) dias (item 1), só se aplicará, no caso dos docentes, já nos próximos anos, àqueles contratados após publicação da LC 1.093/2009, vez que não se aplica aos docentes temporários que já se encontravam admitidos em 17 de julho de 2009, seja na condição de Categoria “F” ou na condição de Categoria “L”.
8 - no caso de docentes, ainda de acordo com a LC 1.093/2009, a extinção do contrato só se dará no final do ano letivo fixado no calendário escolar, ou seja, o docente temporário não é dispensado durante o ano letivo, ainda que inicie sua contratação em razão de substituição por período pequeno ou até para atuação como docente eventual.
9 - Podemos concluir, então, que, as aulas disponíveis na rede estadual de ensino podem ser atribuídas, respeitados a classificação e o limite de 200 aulas mensais, aos docentes:
* Efetivos - para aumento de carga horária;
* Temporários - categoria “F”, em exercício ou não;
* Temporários - categoria “L”, em exercício ou não, mas que estavam vinculados em 17/7/2009.
10 - Se após o atendimento na forma detalhada no item anterior, ainda houver aulas disponíveis, cabe à Diretoria de Ensino orientar às unidades escolares de que poderá ocorrer a atribuição de aulas a novos candidatos ou a docentes que estavam desvinculados seja esclarecido de que permanecerá admitido por durante todo o restante do ano letivo; seja orientado de que o preenchimento do seu contrato, para fins de registro e pagamento, ocorrerá somente após publicação de modelo oficial que acompanhará Instrução da Unidade
Central de Recursos Humanos da Secretaria de Gestão Pública.
11 - o contrato de trabalho e o pagamento das aulas ministradas pelos servidores de que trata o item anterior retroagirão à data do início do exercício e serão providenciados assim que for divulgado o modelo oficial por meio da Instrução UCRH da Secretaria de Gestão Pública, não sendo necessário aguardar qualquer publicação.
12 - E, remanescendo, ainda, aulas disponíveis para atribuição, considerando a necessidade de atender aos mínimos de carga horária e de dias letivos, fixados na Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - LDB, caberá às Diretorias de Ensino orientar as unidades escolares quanto: às diretrizes que evitem, quando possível, afastamentos de docentes para atividades administrativas, exceto se a unidade contar com substituto para as respectivas aulas; ao atendimento às aulas regulares, priorizando a atribuição das mesmas em relação a aulas de projetos e/ou de enriquecimento curricular.
Fonte: http://www.imprensaoficial.com.br/

Professores que forem aprovados em SP só darão aulas em 2011

O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza, confirmou ontem (17) que os mais de 10 mil professores que poderão ser admitidos na rede básica de ensino ingressarão em sala de aula apenas em 2011. O concurso deverá ocorrer em março.
Pelo planejamento inicial do governo, o concurso seria realizado em setembro deste ano. Assim, os professores já poderiam atuar a partir de 2010.
O atraso, segundo Paulo Renato, deu-se porque a programação traçada pela secretaria mostrou que os professores entrariam em aula na metade do primeiro semestre.
"Rotação"
"Estaríamos provocando uma rotação na rede. Mesmo que fizéssemos para o meio do ano, também estaríamos provocando essa rotação. Isso, pedagogicamente, não é conveniente", afirmou o secretário.
A prova que aconteceria em setembro seria a primeira etapa do concurso. Depois, os aprovados teriam de realizar um curso de cerca de quatro meses na Escola de Formação de Professores do Estado --o curso tornou-se obrigatório por medida aprovada neste ano.
O processo contempla ainda uma terceira etapa: uma prova feita após o curso.Paulo Renato negou que a mudança no planejamento tenha ocorrido por possíveis atrasos na preparação do curso ou em liberação de verbas.
Segundo ele, o novo planejamento da secretaria prevê ter todo o processo do concurso concluído entre outubro e novembro de 2009 para que seja feita a nomeação.
Paulo Renato disse também que não faltarão professores por causa da mudança na realização do concurso e que muitos dos aprovados poderão ser docentes que já trabalham hoje como temporários.
Segundo a Secretaria da Educação, a rede estadual tem hoje cerca de 230 mil professores, sendo aproximadamente 100 mil temporários.
Demora
A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado), Maria Izabel Azevedo Noronha, afirma que a medida é positiva ao dar mais tempo para os candidatos estudarem para o concurso.
"Faz sentido também quanto à organização do ensino", diz a sindicalista.Ela afirma que o importante é haver concurso e que o governo publique com antecedência o edital, que traz a bibliografia exigida. "Só o que não pode é ficar adiando, adiando..."
A opinião é semelhante à do professor da Faculdade de Educação da USP Rubens Barbosa de Camargo.
"É claro que, do ponto de vista organizacional, é muito melhor que os novos professores cheguem no final do ano, para iniciar a preparação, ou já no início para as aulas", afirma.
"Só lamento que, com um contingente tão grande de professores temporários, o concurso tenha demorado tanto", afirma. Para Camargo, o ingresso durante o ano letivo afeta a lógica de funcionamento do ensino.
fonte:http://www1.folha.uol.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

10.083 para professores de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

O governador José Serra autorizou na última segunda-feira (14/9), por meio de um despacho, a abertura de um concurso público para viabilizar o preenchimento de 10.083 vagas de professores de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Este é o número inicial de vagas para a primeira convocação de aprovados. O decreto do governador também prevê que o mesmo concurso possa efetivar candidatos aprovados em vagas remanescentes que surgirem durante o prazo de validade do concurso.

Os aprovados terão que passar por um curso oferecido gratuitamente pela Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo, obrigatório para novos professores da rede pública.

O curso integra o Programa +Qualidade na Escola, que traz medidas importantes para melhorar a qualidade da educação no Estado. Serão 360 horas de formação durante quatro meses com atividades semipresenciais e práticas escolare s . “Estamos enfrentando com muito vigor um problema fundamental da educação, que é melhorar a preparação do professor para o aprendizado dos alunos”, diz o secretário Paulo Renato.

Após a publicação do despacho no Diário Oficial do Estado de São Paulo de hoje, o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, instituiu uma comissão presidida pela professora Vera Cabral, diretora da Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo, que ficará encarregada de indicar o temas e a bibliografia, definindo os critérios da prova. De acordo com a professora, a previsão é que os exames sejam realizados em março de 2010.

Rede

Atuam hoje na rede pública estadual 210 mil professores, sendo 130 mil efetivos e 80 mil temporários. São 5.300 escolas onde estudam cinco milhões de estudantes. As medidas do Programa + Qualidade na Escola seguem outras ações adotadas pelo Governo para melhorar a qualidade da educação, como a política de bonificação e avaliação do desempenho, o programa Ler e Escrever, a definição de currículos e diversas formas de recuperação do aprendizado. “É um trabalho consistente e corajoso que vai melhorar a qualidade da nossa educação”, diz o secretário Paulo Renato.

Fonte: http://www.educacao.sp.gov.br

Docentes da rede estadual podem concorrer a prêmio do MEC

Clipping Educacional - Da Secretaria da Educação
Objetivo é divulgar experiências de sucesso na educação pública
Profissionais da rede estadual, dos níveis Fundamental e Médio, podem se inscrever para concorrer ao prêmio "Professores do Brasil", realizado pelo Ministério da Educação (MEC). A premiação busca divulgar experiências de sucesso na busca da qualidade da educação pública e reconhecer o trabalho dos professores em todo o País. Os vencedores vão receber entre R$ 2 mil e R$ 5 mil em equipamentos audiovisuais ou multimídia para a escola. Os interessados devem se inscrever até dia 30 de setembro no site da premiação (http://portal.mec.gov.br/premioprofessoresdobrasil/). Podem participar educadores que tenham desenvolvido ou que desenvolvam projetos de estímulo à permanência dos alunos na escola, de fortalecimento das atividades coletivas e de melhoria do desempenho das escolas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Após a inscrição, o candidato terá que comprovar a experiência com fotos, vídeos ou ilustrações. O prêmio Professores do Brasil é realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). As fundações Bunge e SM e os institutos Pró-Livro e Votorantim são os patrocinadores.
Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MEC ainda avalia possível adiamento da Prova Brasil

SÃO PAULO - A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, disse nesta segunda-feira que a pasta ainda avalia a possibilidade de adiar a realização da Prova Brasil, prevista para ser aplicada entre os dias 19 e 30 de outubro. O pedido foi feito pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) na semana passada. A entidade acredita que a prorrogação das férias em várias redes de ensino em função da epidemia da influenza A (H1N1) – gripe suína – pode prejudicar o desempenho dos alunos.


Mas, na avaliação de Pilar, o resultado da Prova Brasil não será afetado porque o exame avalia todo o conhecimento adquirido pelo aluno nos quatro primeiros e nos quatro últimos anos do ensino fundamental. “A prova avalia o conjunto da aprendizagem, não é o pontual. Ela não aborda conteúdos específicos, mas as habilidades adquiridas pelos aluno no conjunto dos anos”, afirmou.

A Prova Brasil avalia as competências de alunos do 5° e do 9° anos do ensino fundamental (antigas 4ª e 8ª séries) em língua portuguesa e matemática. É a partir do resultado desse exame que são construídos os principais indicadores educacionais, inclusive o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ela é aplicada a cada dois anos. As edições anteriores foram em 2005 e 2007.

Pilar compara que a logística de aplicação da Prova Brasil, que ocorre nas próprias escolas, é bem diferente da do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Alguns colégios, especialmente particulares, pediram que o Enem também fosse adiado, mas, segundo o MEC, não havia condições em função da complexa logística da prova. O exame será aplicado nos próximos dias 3 e 4 de outubro a 4,5 milhões de estudantes em mais de mil municípios

Brasil precisa melhorar indicadores educacionais, diz especialista

SÃO PAULO - Os indicadores educacionais do Brasil precisam ser ampliados e ir além da análise de desempenho dos estudantes, defendeu a coordenadora de programas da Ação Educativa, Vera Masagão, durante debate desta segunda-feira sobre os dois anos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

- Pesquisador do Ipea diz que desigualdades sociais estão "cristalizadas" na educação
- Brasil precisa dar mais espaço a políticas regionais, diz boletim do Ipea


Uma das principais ações do PDE, lançado em 2007, foi a criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), uma espécie de termômetro da qualidade da educação. Ele leva em consideração o desempenho dos alunos nas avaliações que medem as competências em matemática e linguagens, além das taxas de aprovação e reprovação.

Para Vera, o Ideb é um indicador importante e produziu um bom impacto nas ações políticas dos gestores. Mas é necessário avaliar outras duas dimensões que compõem o universo escolar: a distribuição dos recursos e insumos escolares que influenciam na qualidade do ensino.

A especialista ressalta que nem sempre os recursos do orçamento da educação são alocados na área. “Em São Paulo a gente tem um programa de distribuição de leite para os alunos que custa R$ 200 milhões. Enquanto isso, o programa de formação de professores alfabetizadores custa R$ 17 milhões”, compara.

O ideal seria criar um indicador que pudesse medir exatamente o que é gasto em educação para avaliar o que está “dando certo em termos de investimento”. Outra dimensão que precisa ser avaliada, segundo Vera, são fatores como o corpo docente e a infraestrutura da escola.

Fonte: www.ig.educacao

Revolução na escola: Como o novo Enem vai mudar a forma de transmitir e avaliar o conhecimento nas instituições de ensino. E essas transformações come


Os professores também serão obrigados a se atualizar. Quem não voltar a estudar e valorizar a transmissão de um ensino inteligente, está fadado a ficar para trás. O aluno está antenado 24 horas por dia, por todos os meios possíveis, graças ao acesso à tecnologia.

Precisa, porém, aprender a organizar tanta informação. "Ele traz o novo ao professor", diz Gracia Klein, diretora pedagógica do Colégio Pentágono, em São Paulo. Esses profissionais não podem mais negar que os alunos pensam junto com o mestre.

Por exemplo, o professor que ignora a capacidade de quem alcança o resultado de uma equação por um caminho diferente da fórmula predeterminada não está aberto para a interação e o questionamento. E a figura autoritária não é respeitada pelo estudante do século XXI. Não é surpresa perceber que as escolas mais bem colocadas no ranking do Enem são justamente as que oferecem um ensino baseado na interdisciplinaridade e investem na formação da equipe.

Em São Paulo, professores de colégios badalados ganham em média R$ 7 mil, por 40 horas de aula semanais. Eles são titulados e recebem toda a estrutura necessária dos empregadores para aperfeiçoamento. "Depois da publicação dos resultados do Enem, escolas de outros Estados vêm nos visitar para conhecer a metodologia que aplicamos", diz Adilson Garcia, diretor do Colégio Vértice, o primeiro no ranking da capital paulista.

Em cinco anos, a escola passou de 600 alunos para 900, tamanha a procura. Para cada uma das 100 vagas oferecidas anualmente, há cerca de oito famílias interessadas. No Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, primeiro colocado no ranking nacional do Enem, a constância do modelo de ensino é o que o leva ao sucesso. "Não preparamos o aluno para este ou aquele tipo de vestibular", diz Pedro Araújo, coordenador de ensino médio. "Procuramos dar uma preparação sólida."


Pensando no futuro
No primeiro ano do ensino médio, Caio já estuda com foco no processo de seleção para a universidade

Estudar numa escola com mestres motivados, bem estruturada e incentivadora do raciocínio traz confiança aos candidatos a uma futura vaga nas melhores universidades. "Estou sendo preparado desde já", diz Caio Becker, 16 anos, estudante do primeiro ano do ensino médio do Centro Educacional da Lagoa, no Rio de Janeiro.

Felipe Cabral, 17 anos, aluno do terceiro ano do Vértice, diz sentir segurança com o que aprendeu na escola para disputar uma das vagas de engenharia da computação em instituições de calibre. "Nenhum cursinho me prepararia melhor", afirma. Sua colega Andressa Mendonça, 17 anos, é da mesma opinião.

"Tive contato com pessoas de outras escolas e percebi que estou mais bem preparada", fala a jovem, que sonha com a carreira de arquiteta. O Enem se tornou um indicador de qualidade tão importante que pais de crianças já escolhem a escola dos filhos usando o ranking como critério.

Com dois filhos ainda no ensino fundamental, a arquiteta Carla Pimentel resolveu que eles deveriam ingressar numa escola que rendesse bons resultados no exame nacional. No ano passado, transferiu Maria Inês, 12 anos, e João Vitor, 14, para o Liceu Franco- Brasileiro, no Rio de Janeiro. "Escolhi o colégio porque está bem colocado no ranking", afirma. "Isso me dá a certeza de que há chances maiores de acesso a boas universidades e também no mercado de trabalho."

A preocupação é válida, mas precipitada. Primeiro por não existirem garantias - apesar de ser a hipótese mais provável - de que as escolas campeãs no Enem hoje continuem assim com o passar do tempo. Segundo, porque vale mais optar por uma instituição na qual os valores são semelhantes aos da família da criança.

"Não adianta colocar no colégio rígido por ser o melhor, se em casa a educação é mais liberal", diz Osmar Ferraz, coordenador de vestibular do Colégio Bandeirantes, em São Paulo. Por fim, deixar a criança numa escola em que ela não consegue acompanhar o ritmo puxado pode ser um massacre, que gera traumas e interfere na boa formação


Mobilidade estudantil
Para Miguel Jorge, concorrer em mais de uma universidade é vantagem da prova
"Com o novo Enem haverá uma democratização do acesso ao ensino superior. É um avanço"
Miguel Roberto Jorge, pró-reitor de graduação da Unifesp

Pais que desejam garantir uma educação de qualidade devem ficar atentos se a escola escolhida está adaptada às atuais regras do ensino fundamental. Antes, era obrigatório dos 7 aos 14 anos (da 1ª a 8ª série). A nova faixa etária vai dos 6 aos 14 anos (do 1° ao 9° ano). Além de um ano a mais de estudo, as diretrizes pedem espaço ao conceito de letramento, que significa ensinar as crianças a ler e escrever compreendendo a essência dos exercícios.

O raciocínio lógico também passa a ser valorizado desde cedo. É nessa linha que segue o Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), promovido a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mede o conhecimento entre jovens de 14 e 15 anos de diversas nações. E o Brasil vai mal. No último resultado, de 2007, os alunos brasileiros obtiveram médias que os colocam, entre 57 países, na 53ª posição em matemática, na 48ª em leitura e na 52ª em ciências.

Outra característica inovadora do Enem é a possibilidade de o candidato concorrer com a mesma prova em até cinco universidades federais. Um avanço que aumenta as chances de ingresso em instituições qualificadas e diminui o gasto com inscrições de vestibular e em deslocamento para realizar o exame.

"Democratiza o acesso ao ensino superior", diz Miguel Roberto Jorge, pró-reitor de graduação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que utilizará a avaliação como forma de ingresso único em 19 dos 26 cursos. A mineira Diana Salma, 31 anos, entrou na faculdade de medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) em 2008 apenas com os resultados do Enem. "Por esse critério, fiquei em 14º lugar", comemora. Malvina Tuttman, reitora da UNIRIO, vê mais uma vantagem. "O exame incentivará a mobilidade estudantil pelo território nacional."

Entrevista do Ministro da Educação sobre o novo Enem

O ENEM VAI REORIENTAR O ENSINO"

O ministro da Educação, Fernando Haddad, falou à ISTOÉ sobre os reflexos do exame nas escolas.

ISTOÉ - Por que só agora, 11 anos após sua criação, o Enem chegou a esse novo formato?
Fernando Haddad - O Enem, no seu formato original, falhou no seu principal propósito, que era acabar com o vestibular tradicional. As principais universidades não viam o Enem como um instrumento adequado para seus processos seletivos nem os secretários estaduais viam no exame o formato adequado para orientar o currículo do ensino médio. Daí a mudança foi necessária e, em minha opinião, recebeu apoio em função de ter sido um formato negociado, tanto com os secretários estaduais quanto com os reitores.

ISTOÉ - Algumas universidades, como o ITA, dizem que não vão aderir porque sua seleção dá certo. Em quanto tempo acredita que todas participarão?
Haddad - Estamos prevendo para as universidades federais um processo de transição de três anos. Nesse primeiro ano, 50 instituições vão utilizar o Enem como fase única e 26 universidades públicas vão usá-lo como componente da nota. Compreendo que algumas instituições, por adotarem um processo seletivo adequado aos seus propósitos, não tenham a intenção, nesse momento, de fazer do Enem a base de seu processo seletivo

"Hoje, em virtude do conteúdo excessivo, os professores têm pouca condição de aprofundar as disciplinas"

ISTOÉ - O sr. acredita que o conceito do novo Enem vai mudar o jeito de as escolas ensinarem?
Haddad - Não tenho dúvida de que vai reorientar o ensino médio, fazendo com que diminua o conteúdo e permita o aprofundamento dos temas pertinentes a essa etapa de ensino. Hoje, em virtude do conteúdo excessivo, os professores têm pouca condição de aprofundar as disciplinas porque o currículo do ensino médio acabou se tornando uma espécie de sobreposição de programas de vestibular. É praticamente impossível não lançar mão de decorebas, fórmulas, etc., para dar conta da abrangência dos conteúdos que são cobrados nos milhares de vestibulares que ocorrem no País.

ISTOÉ - Quanto tempo a educação brasileira levará para mudar para melhor, graças ao novo conceito?
Haddad - Minha expectativa é que o início da mudança ocorra a partir da adesão das universidades. Dependemos dessa adesão, para que o ensino médio consiga respirar aliviado, para cobrir um conteúdo mais inteligente, mais instigante. A velocidade da transição vai determinar a da mudança

"Desde que as notas médias do Enem por escola foram divulgadas começou um movimento de adaptação"

ISTOÉ - Muitas escolas de elite que não se saíram bem na avaliação de 2007 subiram dezenas de posições em 2009. Como isso foi possível?
Haddad - Na interlocução com diretores de escolas particulares e públicas, percebemos que, desde que as notas médias do Enem por escola foram divulgadas pela primeira vez, em 2006, começou um movimento de adaptação das instituições de ensino.

ISTOÉ - Os alunos de escolas públicas não continuam em desvantagem, já que o problema é a qualidade do ensino nessas instituições?
Haddad - Em primeiro lugar, as escolas públicas têm um investimento por aluno equivalente a 10% do que se investe em média no estudante de escola privada. E recebem o aluno em condições socioeconômicas muito mais desfavoráveis. A família é um determinante da educação dos filhos. A distância existe, mas entendo que é superável. Fixamos metas até 2022 para que a escola pública se equipare em qualidade à escola particular - que atende apenas 12% da população.

Hugo Marques
Fonte:

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência. Participe!

A Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência é uma campanha que une pessoas, personalidades e centenas de organizações de vários países.
A proposta da manifestação é criar consciência coletiva pela paz e incentivar a não-violência como um caminho a ser trilhado em todas as instâncias da sociedade.Seus pontos essenciais são o desarmamento nuclear a nível mundial, a retirada imediata das tropas invasoras dos territórios ocupados, a redução progressiva e proporcional do armamento convencional, a assinatura de tratados de não agressão entre países e a renúncia dos governos a utilizar as guerras como meio para resolver conflitos.Já estão sendo realizados fóruns, encontros, festivais, conferências e eventos simultâneos, somando pessoas em expressões múltiplas de um sentimento comum, que permite rejeitar não somente a violência física, mas também toda forma de violência (econômica, racial, psicológica, religiosa, sexual).

Juntamente às atividades, a partir do dia 2 de outubro de 2009, aniversário de Gandhi, uma equipe internacional, sairá da Nova Zelândia e passará por mais de 90 países e 100 cidades nos cinco continentes. O ponto de chegada é aos pés do Aconcágua, em Punta de Vacas, em 2 de janeiro de 2010.Numa proposta como essa, a educação tem o papel especial para apontar os caminhos para um mundo com mais respeito ao ser humano, onde os conflitos sejam resolvidos sem agressões ou armas. A Marcha é uma inspiração para consolidar ações contínuas de fomento à não-violência que seguirão fortalecendo e ampliando sua influência.Para apoiar ou saber mais, visite o site http://www.marchamundial.org.br/.



AssiFonte: http://www.rededosaber.sp.gov.br/

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Inscrições ao Enceja nível fundamental seguem até o dia 30 de setembro

Clipping Educacional - Da Redação*Em São Paulo
* Com informações do Inep
Estão abertas a partir desta terça (8) as inscrições para o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) 2009 no nível fundamental. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), as inscrições seguem até dia 30 de setembro. A prova será no dia 29 de novembro.O Inep espera mais de 1 milhão de inscrições às provas. A partir desse ano, a certificação para o nível médio será feita pelo Enem 2009 (Exame Nacional de Ensino Médio) em outubro.A participação no Encceja é voluntária. O exame tem o objetivo de aferir competências e habilidades de jovens e adultos, no nível de conclusão do ensino fundamental, que não tiveram acesso ao ensino regular na idade própria. O participante faz a prova e, atingindo a pontuação mínima exigida, é aprovado e certificado na proficiência do ensino fundamental. A idade mínima exigida para o Encceja nesse nível de ensino é de 15 anos, completos até o dia da prova.
Inscrições do Encceja
O período de inscrições ao exame será de 8 a 30 de setembro, exclusivamente pela Internet. Os interessados poderão se inscrever pelo site http://www.encceja.inep.gov.br/inscricao, a partir das 8h do dia 8 até às 23h59 do dia 30 de setembro (horário de Brasília). A participação no exame é gratuita e voluntária. Os participantes devem ficar atentos aos campos de preenchimento. Após o cadastro, deverá ser realizada a impressão desse comprovante com o número de acompanhamento da inscrição e da senha de acesso. O local e a área que o candidato deseja realizar a prova deve ser indicado no momento do cadastro.O cartão de confirmação de inscrições, contendo o dia, local e horário da prova, juntamente com o número de inscrição, a senha de acesso aos resultados individuais, o cartão-resposta e o questionário socioeconômico serão enviados ao endereço informado no ato do preenchimento do formulário. Caso o candidato não receba a confirmação de inscrição até o dia 9 de novembro, deverá entrar em contato com o Fala, Brasil pelo telefone 0800 61 61 61 ou acessar a página do Encceja, no http://www.encceja.inep.gov.br/consulta. Não será permitida a mudança de local de prova nem de município de opção do participante, informados no ato da inscrição.
A prova
As provas contemplam as áreas básicas do conhecimento, sendo elas: Prova I - Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna (Inglês), Artes, Educação Física e Redação; Prova II - Matemática; Prova III - História e Geografia, e Prova IV - Ciências Naturais. Serão 30 itens de múltipla escolha para cada uma das áreas, além de uma proposta de temas para a redação.O interessado deverá chegar ao local de prova com, no mínimo, uma hora de antecedência, sendo que os portões serão abertos 15 minutos antes. Não será permitida a entrada após o início das provas. No período matutino, a prova será aplicada das 8h30 às 12h30 (ciências naturais, história e geografia) e no período vespertino das 14h30 às 19h30 (língua portuguesa, inglês, artes, educação física, redação e matemática).O caderno de questões, em hipótese nenhuma, poderá ser levado para casa após o exame. No cartão de respostas não serão computadas os itens deixados em branco ou que contenham mais de uma resposta, emenda ou rasura, ainda que legível.
Boletim individual de desempenho
A previsão de entrega dos resultados é a partir da primeira quinzena de março de 2010, no endereço indicado no ato da inscrição. Os participantes poderão também acessar os resultados pelo site http://www.encceja.inep.gov.br/boletim, munidos do número do CPF e da senha de acesso gerada no momento da inscrição.O desempenho do candidato será quantificado em cada prova numa escala de proficiência, método conhecido como TRI - Teoria de Resposta ao Item (mesma metodologia usada desde o início deste exame e que será adotada esse ano para o Exame Nacional de Ensino Médio - Enem), estabelecido pelo Ministério da Educação e que será divulgado no site do Encceja, juntamente com o conteúdo programático.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/