SÃO PAULO - Os indicadores educacionais do Brasil precisam ser ampliados e ir além da análise de desempenho dos estudantes, defendeu a coordenadora de programas da Ação Educativa, Vera Masagão, durante debate desta segunda-feira sobre os dois anos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
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Uma das principais ações do PDE, lançado em 2007, foi a criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), uma espécie de termômetro da qualidade da educação. Ele leva em consideração o desempenho dos alunos nas avaliações que medem as competências em matemática e linguagens, além das taxas de aprovação e reprovação.
Para Vera, o Ideb é um indicador importante e produziu um bom impacto nas ações políticas dos gestores. Mas é necessário avaliar outras duas dimensões que compõem o universo escolar: a distribuição dos recursos e insumos escolares que influenciam na qualidade do ensino.
A especialista ressalta que nem sempre os recursos do orçamento da educação são alocados na área. “Em São Paulo a gente tem um programa de distribuição de leite para os alunos que custa R$ 200 milhões. Enquanto isso, o programa de formação de professores alfabetizadores custa R$ 17 milhões”, compara.
O ideal seria criar um indicador que pudesse medir exatamente o que é gasto em educação para avaliar o que está “dando certo em termos de investimento”. Outra dimensão que precisa ser avaliada, segundo Vera, são fatores como o corpo docente e a infraestrutura da escola.
Fonte: www.ig.educacao
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