segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Estudantes criam projeto de aproveitamento de podas de árvores


Estudantes criam projeto de aproveitamento de podas de árvores
Por Izabella Bueno* - iza_beleza@uol.com.br


Segundo a Prefeitura de São Paulo, são produzidos na cidade diariamente cerca de 15 mil toneladas de lixo, o que corresponde a aproximadamente 12% do total produzido pelo país. Dentre essa quantidade abundante de resíduo, 47% são levados aos aterros sanitários que se encontram, atualmente, quase lotados.

Na busca de alternativas para o problema do lixo, as estudantes Ana Carolina Soubihe de Pinho e Rogéria Conrado de Oliveira elaboraram, na universidade, um projeto piloto de compostagem com o uso de resíduos da poda de árvores urbana.

Os resíduos provenientes da poda - como galhos, madeiras, folhas e capinagem - equivalem a 3.500 toneladas que são geradas por mês no município de São Paulo. Esses materias são ricos em energia, porém não são aproveitados, aumentando o resíduo depositado nos aterros.

Rogéria Conrado já sabia do funcionamento de experiências semelhantes bem sucedidas em algumas cidades brasileiras, como Recife (PB), Manaus (AM), Campo Mourão (PR), Brasília (DF) e na subprefeitura de Santo Amaro (SP).

O projeto piloto de compostagem da poda de árvores elaborada pelas estudantes consiste no transporte dos restos de galhos, madeiras e folhas para um núcleo de reutilização específico. Lá, eles são triturados e, posteriormente, passarão pelo processo de compostagem, ou seja, uma forma de tratamento biológico que permite a transformação destes em adubo orgânico para o reaproveitamento na agricultura, em praças, jardins e viveiros de plantas.

Uam iniciativa conhecida de aproveitamento de podas em São Paulo, que já existe desde 1999, é o Projeto Pomar. Além de recuperar o ambiente e a paisagem das margens do Rio Pinheiros, o trabalho também encaminha as podas de árvores da Marginal para o Pomar Urbano. Lá, o material é compostado para retornar ao solo como adubo.

Segundo Rogéria, o projeto piloto é de fácil multiplicação e a necessidade é emergencial. “Os nossos aterros já não possuem espaço, por isso, acho que esta iniciativa pode servir como exemplo para as prefeituras que poderão ainda utilizar o composto nos seus jardins. Ou seja, o resíduo volta para as áreas verdes, melhorando a terra, adubando e protegendo o solo” , conclui Rogéria.

* Izabella Bueno é aluna do 2º ano do ensino médio, do Colégio Bandeirantes.


Apresentação



O Radar do Mundo é produzido pelo projeto Idade Mídia do ensino médio do Colégio Bandeirantes, de São Paulo, desenvolvido pelos jornalistas Alexandre Sayad e Gilberto Dimenstein, que mistura o mundo da educação ao da comunicação (a chamada educomunicação). Em uma sociedade em que a informação está presente na vida dos jovens durante todo o tempo, a educação tem a necessidade de acompanhar essas novas demandas.

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